[ outono ]

Ando sem tempo para escrever, super ocupado, mil coisas. Daí que o jeito é apelar para os textos velhos. Está oficialmente aberta a gaveta das vergonhas.

Ruas estreitas

Na minha versão pessoal de mundo, vai ter só ruas esteitas.

Por que tudo quando menor, fica mais legal.

( menos cabelo de criança que inventa de cortar sozinha...)

Nessas ruazinhas, seria tudo TÃO mais divertido:

Imagine a facilidade de se errar o caminho e encontrar uma
cafeteria que não conhecia? Ou uma sorveteria?
Uma velha loja de discos e livros antigos?

Perdido, perdido e meio.

Ou de se re-encontrar bons amigos, de topar com
aquele que pode ser vir a ser o seu amor?

Um leve. Por que, esse é o tipo de amor que se encontra em lugares assim.

Nem me fale desses amores supostamente "de cinema". Esses que vem, vendavalizam com a sua vida e depois vão embora sem que você perceba que o filme acabou.
Esses são ruins.

Um levinho é muito melhor; quando menos espera, você olha, e nada mais vê...

E poderia ser sempre Outono!!!

( Imagine o cheirinho! )

Haveria dias de sol, sim. Mas não em toda esquina, para que até mesmo aqueles que lucram muito e piscam pouco, dessem o devido valor.

Também as distâncias entre as calçadas seria menor.

E entre todos. "Calor humano" deixaria de ser uma expressão tão esquecida.

Estando perto, todo mundo poderia falar baixinho, se passando por pessoas educadas.

E o senhor lá de fora, poderia ensinar para o moço da cidade que sabe usar talheres, como se dá um bom dia de gente...

Sem falar que os aqueles acostumados a emitir julgamentos o tempo todo, teriam de aprender a economizar o seu veneno, pois não faltaria quem lhes puxassem as orelhas.


Mas as ruas não são assim. Elas são imensas e estranhas como um clipe da Björk. E bem menos bonitas.

Intermináveis e feitas para espartanos.